Qui, 19
de Setembro de 2013 16:28 / Atualizado - Qui, 19 de Setembro de 2013 16:42 por:
cnbb
“História
e cultura africana e afro-brasileira na escola”. Este é o título do subsídio
elaborado pelo Grupo de Trabalho de Educadoras Negras, da Pastoral da Afro
Brasileira, da CNBB. O texto lançado hoje, 19, ao final da reunião do Conselho
Episcopal Pastoral, em Brasília, é um instrumento de formação, atualização e
engajamento pastoral para a militância cristã e cidadã de todas as pessoas que
assumem a causa dos afro-brasileiros.
De acordo com o subsídio, a Lei 10.639, que
completou dez anos em janeiro de 2013, ainda não foi implementada em todo o
território nacional. Esta lei altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) nº9.394, de 20 de dezembro de 1996, incluindo os artigos 26 A e
79 A e 79 B, que apontam a obrigatoriedade do ensino de História e Culturas
Africanas e Afro-Brasileiras no ambiente escolar. Segundo uma das integrantes
do Grupo de Trabalho, Francisca Isabel Bueno, “o subsídio serve de suporte para
os educadores fazerem seus trabalhos”.
O arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB,
dom Raymundo Damasceno Assis, afirmou que é “fundamental recuperar toda a
história, para construir um Brasil melhor, sem discriminação”.
Durante o lançamento, o membro da Pastoral Afro
Brasileira, Carlos Moura, falou sobre a história e atuação da Pastoral Afro.
“Quando éramos interpelados, as colocações e reflexões eram exatamente ir ao
encontro da diversidade brasileira, que a nossa Igreja pudesse refletir,
mostrar, como mãe e mestra, o Brasil como um todo. Não só na perspectiva da
nacionalidade, mas também na do Evangelho. Estarmos com todos. Isso robustece
ainda mais quando somos uma Igreja que tem por prioridade os pobres, excluídos,
desprovidos de privilégios, os mais fracos. Não é preciso repetir quais são os
brasileiros mais fracos, mais discriminados, desprotegidos, sem privilégios.
Daí a precisão e a necessidade da Pastoral Afro, que trabalha do ponto de vista
da espiritualidade, de levar toda a sociedade brasileira a mensagem libertadora
do Evangelho, na perspectiva da superação do preconceito, racismo,
discriminação, dos quais a comunidade negra é vítima”, afirmou.
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