terça-feira, 24 de setembro de 2013



Qui, 19 de Setembro de 2013 16:28 / Atualizado - Qui, 19 de Setembro de 2013 16:42 por: cnbb




 “História e cultura africana e afro-brasileira na escola”. Este é o título do subsídio elaborado pelo Grupo de Trabalho de Educadoras Negras, da Pastoral da Afro Brasileira, da CNBB. O texto lançado hoje, 19, ao final da reunião do Conselho Episcopal Pastoral, em Brasília, é um instrumento de formação, atualização e engajamento pastoral para a militância cristã e cidadã de todas as pessoas que assumem a causa dos afro-brasileiros.
De acordo com o subsídio, a Lei 10.639, que completou dez anos em janeiro de 2013, ainda não foi implementada em todo o território nacional. Esta lei altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº9.394, de 20 de dezembro de 1996, incluindo os artigos 26 A e 79 A e 79 B, que apontam a obrigatoriedade do ensino de História e Culturas Africanas e Afro-Brasileiras no ambiente escolar. Segundo uma das integrantes do Grupo de Trabalho, Francisca Isabel Bueno, “o subsídio serve de suporte para os educadores fazerem seus trabalhos”.
O arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis, afirmou que é “fundamental recuperar toda a história, para construir um Brasil melhor, sem discriminação”.
Durante o lançamento, o membro da Pastoral Afro Brasileira, Carlos Moura, falou sobre a história e atuação da Pastoral Afro. “Quando éramos interpelados, as colocações e reflexões eram exatamente ir ao encontro da diversidade brasileira, que a nossa Igreja pudesse refletir, mostrar, como mãe e mestra, o Brasil como um todo. Não só na perspectiva da nacionalidade, mas também na do Evangelho. Estarmos com todos. Isso robustece ainda mais quando somos uma Igreja que tem por prioridade os pobres, excluídos, desprovidos de privilégios, os mais fracos. Não é preciso repetir quais são os brasileiros mais fracos, mais discriminados, desprotegidos, sem privilégios. Daí a precisão e a necessidade da Pastoral Afro, que trabalha do ponto de vista da espiritualidade, de levar toda a sociedade brasileira a mensagem libertadora do Evangelho, na perspectiva da superação do preconceito, racismo, discriminação, dos quais a comunidade negra é vítima”, afirmou.

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